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QUAL ADOÇANTE DEVO USAR?

28/10/2025

A decisão cotidiana para as pessoas em dieta ou com restrições alimentares, a escolha pelo melhor tipo de açúcar a ser consumido pode ser ainda mais complexa quando avaliamos sua composição e indicações de uso. A opção deve ser bem avaliada para garantir a boa forma, mas, acima de tudo, não comprometer a saúde.

Para Cíntia Castro, nutricionista, primeiro é importante entender que os adoçantes dietéticos são produzidos a partir de edulcorantes — substâncias naturais ou artificiais responsáveis pelo sabor doce — e possuem poder adoçante geralmente muito maior que o açúcar produzido a partir da cana-de-açúcar.

A indicação de adoçantes é recomendada apenas para quem segue dietas especiais, como as de restrição alimentar para portadores de diabetes, ou para quem busca o emagrecimento. Para as pessoas que não têm essas preocupações, a nutricionista lembra que a ingestão do açúcar convencional é permitida, sendo necessário, contudo, evitar exageros.

Os tipos de açúcares mais utilizados hoje são o refinado, o light, o cristal, o orgânico e o mascavo. Os melhores para utilização são o orgânico e o mascavo, pois não passam por processo de refinamento, mantendo assim mais vitaminas e sais minerais. O orgânico ainda tem uma vantagem sobre o mascavo por ser produzido sem aditivos químicos. Para quem precisa perder ou controlar o peso e não se adapta ao uso de adoçantes, existe a opção do açúcar light, uma mistura de açúcar refinado com adoçantes. Contudo, este deve ser evitado por diabéticos, pois possui sacarose em sua composição.

Em 2008, lembra Cíntia, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) decidiu reduzir a quantidade máxima de sacarina e ciclamato (adoçantes artificiais) em bebidas e alimentos. “Após alguns estudos, mostrou-se o impacto negativo dos edulcorantes para a saúde humana. Segundo especialistas da Agência, a quantidade de sódio presente nestas duas substâncias também pesou na decisão”, comenta.

O uso da sacarina já é proibido no Canadá e o ciclamato, nos Estados Unidos, uma vez que pesquisas científicas realizadas em camundongos, nesses países, constataram que essas substâncias aumentam o risco de câncer. Embora não tenham sido realizadas pesquisas que comprovem esse risco para humanos, é recomendado que o consumidor restrinja a quantidade no consumo desses compostos.

Os adoçantes mais indicados atualmente são os à base de esteviosídeo e de sucralose, pois são extraídos de vegetais e frutas, portanto, naturais e sem contraindicações.

Para facilitar a informação sobre o assunto, a nutricionista lista a seguir os principais tipos de adoçantes existentes e suas características:


NATURAIS (EXTRAÍDOS DE VEGETAIS E FRUTAS)

Esteviosídeo

  • Tem 300 vezes mais poder edulcorante em relação à sacarose (presente no açúcar).

  • Pode ser consumido sem nenhuma contraindicação por qualquer pessoa.

  • Não produz cáries, nem é calórico, tóxico, fermentável ou metabolizado pelo organismo.

  • Usado como adoçante de mesa, gomas de mascar, balas, bombons, bebidas, gelatinas, pudins, sorvetes e iogurtes dietéticos.

  • IDA (Ingestão diária aceitável): 5,5 mg/kg de peso corporal.

Sucralose

  • É uma molécula modificada da sacarose.

  • Poder edulcorante em relação à sacarose: 600 vezes.

  • Não deixa sabor residual, não provoca cáries e não é metabolizada pelo organismo, sendo eliminada por completo em 24 horas pela urina.

  • Pode ser consumida sem nenhuma contraindicação por qualquer pessoa.

  • Estável sob altas temperaturas, sendo utilizada em preparações destinadas à cocção.

  • IDA: 15 mg/kg de peso corporal.


ARTIFICIAIS (PRODUZIDOS EM LABORATÓRIO)

Sacarina

  • Substância derivada do petróleo.

  • Poder adoçante em relação à sacarose: 300 vezes.

  • Sabor residual amargo em concentrações altas. Redução de sabor residual pela mistura de sacarina com o ciclamato.

  • Submetida ao calor, não perde suas propriedades.

  • Não deve ser utilizada por pacientes hipertensos ou que tenham tendência a reter líquidos devido ao sódio.

  • IDA: 5 mg/kg de peso corporal.

Ciclamato

  • Substância derivada do petróleo.

  • Poder adoçante em relação à sacarose: 40 vezes.

  • Sabor agridoce semelhante ao açúcar refinado (com leve gosto residual).

  • Estável sob altas temperaturas, pode ser utilizado em preparações destinadas à cocção.

  • Usado como adoçante de mesa, gomas de mascar, bebidas, congelados, refrigerantes, geleias e sorvetes.

  • Deve ser evitado por hipertensos, já que costuma aparecer na forma sódica, ou seja, combinado com sódio.

  • IDA: 11 mg/kg de peso corporal.

Aspartame

  • Produzido a partir de aminoácidos encontrados normalmente nos alimentos: fenilalanina e ácido aspártico.

  • Poder adoçante em relação à sacarose: 200 vezes.

  • Não apresenta sabor residual amargo.

  • Sensível ao calor, perde o seu poder de adoçamento em altas temperaturas.

  • Usado como adoçante de mesa, misturas em pó, gomas de mascar, balas, sobremesas, bebidas, congelados, refrigerantes, coberturas, xaropes e produtos lácteos.

  • É contraindicado para portadores de fenilcetonúria, uma doença genética rara que provoca o acúmulo de fenilalanina no organismo, causando retardo mental. Pelo mesmo motivo, também se desaconselha o uso por grávidas.

  • IDA: 40 mg/kg de peso corporal.

Acesulfame-K

  • Derivado do potássio.

  • Poder adoçante em relação à sacarose: 200 vezes.

  • Apresenta sabor amargo em altas concentrações.

  • Estável sob altas temperaturas.

  • Usado como adoçante de mesa, em gomas de mascar, bebidas, cafés e chás instantâneos, gelatinas, pudins, produtos lácteos, panificação e sorvetes.

  • É eliminado em 24 horas pela urina, de forma inalterada.

  • IDA: 15 mg/kg de peso corporal.


DICAS

  • Dissolver bem o açúcar nas bebidas ajuda a reduzir o consumo.

  • Observe, ao terminar de consumir a bebida adoçada, se existem vestígios de açúcar no fundo do copo ou jarra. Caso positivo, isso indica que você utilizou mais açúcar do que o necessário.

  • Sempre que possível, evite adoçar as bebidas e alimentos: aproveite o açúcar natural presente nas frutas, por exemplo, ao consumi-las em sucos ou in natura.

  • Pessoas que consomem leite com achocolatado devem evitar adoçar a bebida, pois o produto já contém açúcar em sua composição.

  • Quem utiliza adoçantes líquidos deve sempre contar as gotas para evitar excesso.

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